quinta-feira, 26 de novembro de 2015

PF-AM apreende suposto notebook de facção em telhado de presídio

Investigação ocorre em segredo de Justiça (Foto: Ana Graziela Maia)Polícia Federal investiga facção criminosa que age no estado (Foto: Ana Graziela Maia)

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Amazonas (DRE/AM) da Polícia Federal (PF) apreendeu um notebook e diversos aparelhos eletrônicos no telhado de um dos pavilhões do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na manhã desta quinta-feira (26). A ação é um desdobramento da Operação "La Muralla" . A PF suspeita que o notebook seria utilizado como base para cadastro de diversos membros de uma facção criminosa alvo da operação.
De acordo com o delegado Rafael Caldeira, a ação ocorreu às 6h da manhã. Agentes da Polícia Federal entraram com apoio de policiais do Grupo de Pronta Intervenção da PF e das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam). 
Durante revista no telhado do pavilhão 2 do complexo, foram localizados diversos aparelhos eletrônicos, como celulares, roteadores, cabeamento, rádio e antenas. Entre os objetos, um computador notebook foi apreendido pelos policiais.
De acordo com Caldeira, informações obtidas pela PF durante a operação apontam que o computador seria utilizado para o cadastro dos membros da facção criminosa que operava o tráfico de drogas da capital dentro do presídio.
Segundo a PF, também foram localizadas drogas, ferramentas para instalação do material eletrônico, anotações manuscritas, além de uma espécie de "estatuto" da organização criminosa em folhas impressas.
Operação La Muralla 
A operação foi deflagrada no dia 20 de novembro. Dos 127 mandados de prisão, 90 foram cumpridos. Desse total, 70 ocorreram apenas em Manaus. A ação ocasionou ainda transferência de nove presos suspeitos de fazer parte de uma facção criminosa do Amazonas para presídios federais do país.
Os mandados de prisão foram executados em Manaus, Tonantins e Tabatinga, no Amazonas; Crateús, Caucaia e Fortaleza, no Ceará; Natal, no Rio Grande do Norte, Boa Vista, em Roraima, na capital do Rio de Janeiro e nos países Peru, Colômbia, Venezuela e Bolívia.
Além dos mandados de prisão, 67 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, bem como sete buscas em presídios estaduais, 68 medidas de sequestro de bens, além do bloqueio de ativos registrados em 173 CPFs e CNPJs ligados a integrantes da organização criminosa, todos determinados pela Justiça Federal no Amazonas.

Organização criminosa
Segundo a PF, a investigação teve início em abril de 2014 com a apreensão de R$ 200 mil, em espécie no Amazonas. Na ocasião, durante ação no Rio Solimões, uma lancha de propriedade da organização criminosa foi apreendida com o dinheiro ocultado no interior de um aparelho de ar condicionado. A carga tinha como destino fornecedores de drogas que atuam na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.
Durante as investigações a PF conseguiu revelar como se estruturava uma facção criminosa que domina o sistema prisional do Estado do Amazonas e que se organiza de forma similar às facções criminosas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Fonte: G1

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