quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Diretor de presídio é acusado de facilitar a entrada de drogas e armas na unidade Além do diretor-adjunto do presídio de Eunápolis, foram presos também oito agentes penitenciários


O diretor-adjunto Joabes Gomes Santana e oito agentes penitenciários do Presídio de Eunápolis foram presos durante uma operação conjunta do Ministério Público e Polícias Civil e Milirar nesta quarta-feira (25), na 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (23ª Coorpin- Eunápolis) suspeitos de facilitar a entrada de objetos ilícitos e drogas na unidade. 
Joabes e os agentes penitenciários Ezequiel Souza Bandeira, Ingrid Souza Bandeira, Alã Sandro Farias Bastos, Augusto Lima Pereira, Josemário Reis Novais, Mílton Jackson Araújo Silva, Aderlan Oliveira Santos e Geílson de Moura Santos  são acusados de corrupção, formação de quadrilha, tráfico de drogas, associação para o tráfico e facilitação à entrada de celulares e outros objetos na unidade, que abriga 450 presidiários.
O esquema de corrupção foi denunciado por um interno e já era investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. Segundo o homem que fez a denúncia, a prática de crimes dentro do presídio era comum e tinha conivência do diretor-adjunto.
O delegado Élvio Brandão, coordenador regional da 23ª Coorpin, celulares e armas já tinham sido apreendidos em operações policiais no presídio.
Segundo a denúncia do MP, o diretor chegou a receber um total de R$ 50 mil para facilitar os crimes, incluindo permitir que um preso matasse um rival dentro da cadeia. O MP diz ainda que o diretor liberou sem autorização judicial presos em regime semiaberto para cometerem crimes do lado de fora da prisão e tentou impedir que supostos aliados tivessem a cela revistada.
"Ele teria retido os policiais encarregados de fazer essa diligência enquanto ele comunicava para os presos que o pagavam, o mantinham, para se desfazerem dessas coisas q poderiam comprometer a direção como drogas, facas", contou à TV Bahia o promotor João Alves.
A promotoria diz que existia uma tabela de preços para facilitar entrada de objetos proibidos - para cada celular, era cobrado R$ 1.500 e para cada 1 kg de maconha, R$ 2 mil.
O MP diz ainda que o secretário Nestor Duarte Neto foi informado das denúncias em dezembro do ano passado, através de ofício da Justiça, mas mesmo assim optou por manter o diretor-adjunto no cargo.
Joabes Gomes Santana também foi diretor do Presídio de Teixeira de Freitas, onde a polícia também chegou a apreender drogas e armas, cumprindo mandados judiciais de busca e apreensão. Na ocasião, ele foi apontado como suspeito de envolvimento no esquema de corrupção ali descoberto.
Em nota oficial, a  Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) disse que Joabes é funcionário de carreira do estado há 17 anos e que não há nenhum registro negativo de conduta em sua vida profissional. A Seap encaminhou um representante da assessoria especial jurídica para defesa judicial do diretor e aguarda a apuração dos fatos para adoção de outras medidas.
O diretor Joabes era o único funcionário público entre os acusados. Os 8 funcionários presos são da Reviver, empresa responsável por administrar o presídio.

Fonte: correio24horas.com.br/noticias

Um comentário:

  1. Eu sempre critiquei este negocio de presidio terceirizado pois pode acontecer isso ai os próprio ladrão tomar conta dos ladrões, ai é que tá esses cara ai da Reviver e até mesmo esse outro diretor que é funcionário publico um verdadeiro absurdo..

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