quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Rebelião sangrenta na Penitenciária Estadual em Cascavel-PR



Presos da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, iniciaram uma rebelião por volta das 6h30 da manhã deste domingo (24).  A rebelião tomou conta de toda a penitenciária, à exceção do prédio administrativo, que foi bloqueado pela Polícia Militar (PM).
De acordo com o advogado dos agentes penitenciários, Jairo Ferreira, a rebelião teve início no momento em que um agente foi entregar o café da manhã aos detentos. O trinco da grade estava serrado, o que permitiu aos presos puxarem o agente para dentro e darem início à rebelião. Ainda segundo o advogado, apenas dez agentes estavam de plantão, no presídio que é ocupado por mais de mil presos. Conforme Ferreira, os presos reclamam da estrutura, alimentação e higiene da penitenciária. Cerca de 80% da unidade está destruída. Os detentos invadiram o telhado da penitenciária e queimaram colchões e atiraram outros detentos lá de cima.
Após mais de 30 horas, a rebelião na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) terminou. A informação foi confirmada pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Paulo Damas, em entrevista coletiva. Os presos aceitaram o acordo e foi iniciado um plano de transferência.
Damas afirmou que os presos deixarão as galerias em grupos de 150. Após todos os rebelados deixarem o local, a Polícia Militar entrará na PEC para fazer a retirada dos reféns. Segundo ele, nenhum dos reféns está em estado grave.
Após deixarem as galerias, os detentos passarão por revista pessoal e serão colocados em ônibus. Os detentos serão levados para penitenciárias de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Maringá. Cerca de 800 presos devem ser transferidos.
Em relação aos mortos, Damas apenas reiterou o número oficial de quatro detentos. No entanto, as autoridades acreditam que o número possa passar de 20 mortos.
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Gilmar de Lima é um dos presos agredidos pelos rebelados deste domingo (24) na Penitenciária Estadual de Cascavel. Ele teve os punhos quebrados, fratura de tórax e vários ferimentos pelo corpo. Até a noite hoje, ele era o único preso que conseguiu sair e ser socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital Universitário. De acordo com informações, ele estava em estado de choque.
Gilmar era padrasto de Rafaela Trates. A menina  de cinco anos morreu estrangulada por Gilmar e teve o corpo jogado em uma foça. Ele e a mãe da menina, Vani Trates cúmplice do crime. Juntos os dois são condenados há 77 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime aconteceu em março de 2013.

fonte:http://www.issoebizarro.com/

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