A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública (CDHSP) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) encontrou uma série de irregularidades no Complexo Penitenciário do Estado, na Mata Escura, durante visita na última terça-feira, 1º.
Chama atenção o número de profissionais responsáveis pela segurança dos 338 internos da Unidade Especial Disciplinar (UED) - considerada de segurança máxima. Conforme informações da CDHSP, são apenas cinco agentes e dois policiais militares por plantão. Os PMs ficam na parte externa da unidade.
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Geonias Santos, disse que o ideal seria um agente para cinco presos, ou seja, 67 agentes por plantão. "São necessárias 800 pessoas lidando com presos diariamente apenas no Complexo da Mata Escura. Atualmente, existem 960 agentes divididos em quatro turnos em todas as unidades prisionais da Bahia", afirmou Santos.
Ainda segundo informações da CDHSP, o Módulo 4 da Penitenciária Lemos Brito (PLB), que deveria estar desativado em função do risco de desabamento, abriga atualmente 150 presos. "O próprio diretor disse que não tem onde colocar os presos. E se desabar?", questionou o deputado Soldado Prisco, vice-presidente da comissão.
Ele afirmou que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) entrará com um pedido na Justiça de intervenção em todo o complexo e com representação no Ministério Público (MP-BA).
Outros problemas
A comissão encontrou ainda câmeras de segurança quebradas, celas com buracos, guaritas desativadas, ausência de detectores de metais, grades elétricas e monitoramento eletrônico. A assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) foi contatada e ficou de se posicionar nesta sexta, 4.
Fonte: atarde.uol.com.br
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